A fundadora, Irmã Giuliana Galli nasceu em Cesano Maderno (região da Lombardia – Itália) em 1937, última de 4 irmãos. Com 6 anos, assistiu à morte do irmão Cesare, estudante do Colégio dos padres salesianos com o firme propósito de se tornar missionário no Brasil. Desde então, a aspiração não realizada do irmão, entrou em seu coração sem que ela percebesse, como a própria irmã relatou, em uma entrevista em 1990, sobre as razões de ter decidido ser missionária:
“O porquê está muito longe no tempo: quando eu tinha 6 anos assisti à morte do meu Irmão Cesare que, enquanto estava morrendo, dizia: “Não estou morrendo, já vejo o Brasil lá na frente!” Desde então, as palavras “Brasil”, que a gente nem sabia do que se tratava, a palavra “missão”, a palavra “consagração”, e a expressão “dar-se aos outros” ficaram dentro de mim.”
Seu sonho se concretizou somente no dia 11 de setembro 1987. Ela, aos 50 anos de idade, chegou à casa de Noviciado de Recife onde teve as primeiras experiências de missão. Esta casa ficava na periferia da cidade, porém, segundo irmã Giuliana, era uma miséria serena, cheia de dignidade e as pessoas tinham vontade de sair de lá.
Desde o início de sua missão, Irmã Giuliana sempre contou com o apoio de seus amigos, parentes e conhecidos na Itália, mantendo com eles uma cerrada correspondência epistolar. Em suas cartas, lê-se:
“Eu levo a Itália, minha casa e cada um de vocês dentro de mim. Por isso vocês estão pessoalmente perto de mim”.
Quando estava na cidade de Petrolina, uma doença incurável anunciou à Irmã Giuliana os primeiros sintomas. Ela pediu para ser operada e curada no Brasil, para poder ficar perto de seus meninos. A doença obrigou-a a uma longa hospitalização em um hospital de Fortaleza, mas mais uma vez Irmã Giuliana conseguiu enxergar a situação como um sinal de providência e declarou em maio de 1993:
“Vocês não devem pensar que a minha missão está concluída. Pelo contrário, ela está entrando em um ponto culminante e mais vivo. Diria: mais bonito e entusiasmante!”
Mesmo enferma, Irmã Giuliana inicia, com ajuda de amigos italianos e brasileiros, a reforma da escola Santo Onofre, uma pequena escola comunitária que já favorecia 50 crianças da Comunidade Garibaldi. A doença, entretanto, avançava inexorável, enfraquecendo cada vez mais o corpo de Irmã Giuliana, que parecia encontrar sempre novos impulsos para seu trabalho e “seus meninos” – como se referia carinhosamente às crianças da comunidade. Por isso, muitas das suas atenções neste período eram dedicadas a apresentar aos amigos italianos formas concretas de participação na atividade missionária, em particular a adoção à distância e a experiência de voluntariado em comunidades de baixa renda. Em 1994, conseguiu iniciar o ano escolar com 80 crianças, e no ano de 1995, pôde atender 280 crianças.
No dia 22 de fevereiro de 1995 Irmã Giuliana seguiu para o céu. Mas sua missão não terminou, ela permanece vívida e contínua em cada parte do Instituto e em todas as ações dos colaboradores, parceiros, padrinhos e principalmente dos alunos, que representam o futuro das escolas, da comunidade e da nação.
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